30 March 2008

(2007) I Am Omega


Richard acredita ser o último homem vivo à face da Terra, dado que a restante população do planeta é um exército de zombies que este combate dentro das suas possibilidades. A situação de isolamento em que se encontra associado às memórias dolorosas da morte da sua mulher e filho às mãos de zombies, o constante estado de alerta em que vive e a utilização abusiva de comprimidos (não sendo referido, parecem ser anti-depressivos e para indução de sono) começam a afectá-lo profundamente, dando-se a ocorrência de alucinações. No decurso do dia, explora o território em redor da sua casa, resgatando combustível para o seu carro e mantimentos de vários tipos, como roupa e comida.

Inesperadamente, e quando se encontrava em frente ao seu MacBook Pro (dado o baixíssimo orçamento do filme, calculo que este pequeno product placement tenha sido suficiente para pagar toda a produção) a consultar cartas geográficas, recebe um pedido de comunicação por vídeo. Após vários dias de hesitação perante os repetidos pedidos de ligação, Richard decide finalmente aceitá-lo e constata que do outro lado se encontra uma mulher chamada Brianna. Esta encontrava-se numa caravana que foi atacada por zombies e que se dirigia para um local nas montanhas onde estaria sediada uma comunidade composta por milhares de humanos não infectados. Estando sozinha e rodeada de zombies, Brianna pede a Richard que a salve.

Embora recusando inicialmente este pedido, Richard acaba por ser persuadido à força por dois soldados chamados Vincent e Mike, que supostamente fazem parte de um grupo militar proveniente da tal comunidade refugiada nas montanhas. Estes afirmam que Brianna possui no seu sangue a cura para a infecção que assola o planeta. No decurso do salvamento que, como seria de esperar, se transforma rapidamente numa tarefa de proporções herculianas, ocorrem várias surpresas que irão alterar drasticamente a vida de Richard.

"I Am Omega" é um filme de baixo orçamento cuja estória se baseia distantemente no excelente clássico de Richard Matheson, "I Am Legend". Apesar de simples e directo, o argumento apresenta-se sob uma forma algo disconexa, os desempenhos dos actores são maus e até os próprios zombies não se encontravam no pico da sua forma física. Os papéis principais pertencem a Mark Dacascos (Richard) e Jennifer Lee Wiggins (Brianna), que deram sempre a impressão de quererem despachar a gravação das suas cenas o mais rapidamente possível para poderem retomar as suas respectivas vidas, deixando para trás esta má experiência cinematográfica.

Suspeitando à partida que o filme deixaria algo a desejar em termos de qualidade, optei todavia por o ver devido ao seu contexto zombie. Mas nem esta questão me permite afirmar que o filme tenha servido como um pequeno entretenimento numa tarde de Domingo. De um ponto de vista pragmático, digamos apenas que foram 85 minutos da minha vida que não poderei reaver.

Pontuação global: 3,6

29 March 2008

(2007) Lake Dead


Três irmãs (Brielle, Kelli e Sam) são informadas da morte de um avô que pensavam ter falecido antes dos seus próprios nascimentos. Esta notícia é transmitida pelo seu pai John, um alcoólico que mantém uma relação distante com as próprias filhas. Perante a informação adicional de que herdaram o motel que era gerido pelo avô, as três irmãs decidem ir ao funeral e, de seguida, ver o real valor da suposta propriedade para que possam tomar uma decisão relativamente ao seu futuro. Sam decide não comparecer ao funeral para não ter que enfrentar o seu pai, preferindo seguir directamente para o motel.

No entanto, Brielle e Kelli prestam as suas homenagens ao seu avô e censuram John por lhes ter mentido ao afirmar que os seus avós já haviam falecido quando estas eram apenas miúdas. John retalia ao afirmar que o avô era uma pessoa maléfica, dando também um aviso algo assustador no sentido de não se aproximarem da propriedade em questão. Aproveitando a situação para passar um fim-de-semana fora, organizando para o efeito uma pequena road trip, forma-se um pequeno grupo composto por Brielle e o seu namorado Ben, Kelli e a sua amiga Tanya, e Bill e Amy, um casal amigo.

A partir deste ponto, eu poderia fazer um esforço para manter algum suspense relativamente aos acontecimentos que se desenrolam em "Lake Dead", mas não o vou fazer. Dada a fraca qualidade do filme, passarei a explicar sucintamente todo o enredo. A restante família das três irmãs continua a residir no motel, sendo ela composta pela avô Gloria, o tio Chuck e dois jovens desfigurados. Numa tentativa de manter a linhagem da família, este conjunto de pessoas pretende usar Brielle e Kelli para prolongar a pureza do sangue da família. Sim, estamos perante mais um caso de redneck inbreeding. Posso também adiantar que Sam é adoptada, sendo por isso eliminada praticamente no início do filme, pois o seu sangue é considerado impuro.

O argumento é globalmente mau, tendo sido redigido com base em referências baratas a outros filmes do género e estando repleto de cheesy one liners. Embora o elenco seja simplesmente mau, numa tentativa de se manter fiel às regras dos verdadeiros B movies, este encontra-se repleto de jovens atraentes e prontas a tornarem-se no alvo preferencial de psicopatas sedentos de sangue, nomeadamente Kelsey Crane (Brielle), Kelsey Wedeen (Kelli), Tara Gerard (Sam), Vanessa Viola (Amy) e Malea Richardson (Tanya).

Não posso sequer afirmar que o filme tenha sido divertido, pois considero as cenas mais sangrentas mal concebidas e executadas. De facto, trata-se de um filme bastante mau que tolerei dada a minha paixão pessoal por filmes de horror. No entanto, apenas o aconselho a pessoas que ou tenham um diploma que comprove a posse de uma paciência de santo ou que estejam dispostas a desperdiçar cerca de 85 minutos das suas vidas.

Pontuação global: 3,5