11 February 2010

Um sentido adeus

Olá a todos.

O Movie Snobs vive os seus últimos dias no formato actual. Criei este blog com muito entusiasmo e com o intuito de ser uma oportunidade de não só partilhar as minhas opiniões acerca de cinema com amigos e outros bloggers, mas também de criar uma experiência colaborativa em que alguns amigos próximos teriam a possibilidade de gerir um repositório comum de informação acerca de cinema.

Se estivesse a jantar num restaurante, esta seria a altura em que pediria a conta e faria uma avaliação da refeição, tendo em conta a qualidade do atendimento e da comida, e o preço final pago. Eu diria que o Movie Snobs, a nível colaborativo, foi um semi-fracasso. Por motivos vários (que eu compreendo totalmente e que, curiosamente, acabaram por ser também a base do meu gradual afastamento do blog), as pessoas envolvidas neste projecto não colaboraram com a periodicidade que eu desejava e o blog foi definhando com o passar do tempo devido à ausência de conteúdo "fresco". Aproveito esta oportunidade para deixar o meu profundo agradecimento a todos os que participaram no blog, contribuíndo com as suas perspectivas sob a forma de ensaios, reviews e/ou comentários.

Dei início a um novo projecto pessoal que será isso mesmo: pessoal. Serei o único contribuídor e funcionará num formato diferente do Movie Snobs. Um dos pontos deste projecto consiste em migrar o conteúdo do Movie Snobs para um novo espaço Web. Fá-lo-ei para o meu legado pessoal neste blog e apenas seguirei esta via para conteúdos colocados por amigos com a sua devida autorização.

A nível pessoal, foi uma experiência fantástica. Permitiu-me passar por um período de imersão no mundo de gestão de conteúdo online e foi fundamental na estruturação do meu projecto actual. Aprendi muito acerca da forma como os conteúdos devem ser apresentados aos seus potenciais leitores e de como organizar esse conteúdo, tornando-o directo e objectivo.

Se algum dos membros residentes do Movie Snobs quiser continuar a dar vida ao blog, será bem vindo e passarei o testemunho com o maior agrado. Caso não se verifique uma situação de sucessão, ver-me-ei confrontado com o inevitável encerramento do blog.

Cumprimentos,
PinkyBrain

25 January 2010

(2009) The Road




Após uma pequena desilusão com Avatar, foi com grande expectativa que fui assistir este filme. Sabia à partida que The Road ia ser um filme forte e nada bonito. Pelo menos, parecia ser essa a premissa deste filme pós-apocalíptico.

A estória deste filme é simples. Após um cataclismo, que nunca é explicado durante o filme, a civilização foi destruída e a humanidade reduzida a um punhado de pessoas que vagueiam esfomeadas, comendo tudo aquilo que encontram. Neste cenário, pai e filho rumam ao mar, na esperança de haver algo diferente da paisagem desértica onde se encontram.

A luta pela sobrevivência deste duo mostra do que o ser humano é capaz quando a sua própria sobrevivência está em risco. Sem querer revelar mais nada do filme, apenas refiro que as cenas no geral são muito fortes.

Sendo um filme com pouca diversidade de personagens, a interacção entre as personagens principais (que deve ocupar 70% do tempo do filme) torna-se fundamente, evidenciando a qualidade do argumento, dos diálogos e dos actores. E nestes três aspectos o filme brilha.

Os cenários estão bem ao mostrar a aquilo que antes eram estradas, casa e povoações, agora reduzidas ao abandono e às forças da natureza. É uma lufada de ar fresco ver que um filme pós-apocalíptico sem desertos de areia, mas sim um ambiente húmido e chuvoso. Mas mesmo assim, conseguimos estar convencidos que não há quase ninguém naquele mundo.

Em resumo, este é um filme forte, que não é para todos. É recomendado a apreciadores de dramas onde os personagens não são heróis e limitam-se a tentar sobreviver no ambiente onde estão. O ritmo lento e a ausência de acção ou humor vai decerto afastar a maioria dos espectadores desta película.

Nota final: 8,5