The Fountain circula em Portugal com o nome "O Último Capítulo". Não está mal, mas proponho uma tradução ainda mais genial: "Estar vivo NÃO é o contrário de estar morto".
The Fountain, de Darren Aronofsky, é um poema cinematográfico sobre o conflito que temos com a morte e sobre o desejo de alcançar a imortalidade. O filme sincroniza o real com a alegoria. A fronteira entre real e surreal nunca está bem definida. O filme desenvolve-se como uma espécie de sonho. Em termos de conteúdo pode ficar alguma sensação de incompletude, mas esta é plenamente compensada pela qualidade plástica do filme. As imagens são belíssimas e a sua composição transborda criatividade. Em relação ao formato do argumento prevê-se que tal como a poesia escrita nem sempre é de trago fácil para os mais habituados à narrativa, The Fountain deixará uma parte dos espectadores sem saber bem como responder à pergunta do amigo: "o que é que achaste?". Eu, sugiro que saiam e passem num cinema. Provem e saboreiem. Se não gostarem do paladar à primeira, pode ser que mais tarde apreciem. Depois bebam um copo (experimentem uma bebida nova), conversem com os amigos, falem ou não sobre o filme, mas cheirem uma flor e durmam descansados.
1 comment:
Ainda não vi o filme e não sei se vou ver nas salas de cinema portuguesas. Não por falta de voltade, mas pelo facto de apenas estar em exibição numa sala em Lisboa e uma no Porto. Como há outros filmes que quero ver e com uma maior escolha da sala de cinema, penso que o filme será sacrificado, ainda para mais sendo a sala em Lisboa no UCI, um cinema do qual não sou grande apreciador.
Mesmo assim, e como se pode concluir por esta crítica, o filme recomenda-se.
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